Morre um gênio atormentado

Cheguei em casa, vindo do trabalho, e logo em seguida soube da morte de Michael Jackson... assim, nunca fui fã, mas admirava o cara, como sempre admiro quem consegue se sobressair na vida usando um talento dado por Deus... no caso dele, cantar, dançar, extasiar multidões com suas performances...achava estranho e às vezes engraçadas suas bizarrices, que muito mais soavam como marketing pessoal do que algo verdadeiro... não gostava do modo que ele criava aquelas crianças que se dizia pai, escondendo-as do mundo... sabiam que elas não frenquentam escola? Têm as aulas em casa mesmo, e o contato com o mundo exterior, até hoje, tem sido mínimo... com certeza, nada saudável.

Aliás, saudável e Michael Jackson são palavras antagônicas... nada ali era normal, salutar, por assim dizer. Seu rosto deformado e mutilado, sua pele esbranquiçada e estranha, sua magreza, seu comportamento, sua voz infantil e sobretudo sua mente.

O que sobrou em talento e dinheiro, faltou em horas de divã de psicanálise... não precisa ser Freud para ver ali uma criança sofrida, abusada e rejeitada, que passou toda a sua vida buscando a infância que perdera, ao invés de procurar felicidade no que seu futuro lhe oferecia.

Que ele encontre, na morte, a paz e serenidade que nunca encontrou na vida! Que Deus o tome para si!

Abraços!!! Alek.